O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, informou nesta quarta-feira sobre recentes operações contra o narcotráfico, que na segunda-feira resultaram na apreensão de 3.692 kg de cocaína, e precisou que, de janeiro até hoje, as autoridades apreenderam 60 toneladas de drogas, o maior número desde que a Venezuela cortou os laços com a agência antidrogas norte-americana, a DEA.
Depois de garantir que essa agência se dedica ao tráfico de drogas, Cabello afirmou que essa apreensão faria parte de uma operação de bandeira falsa contra a Venezuela no contexto da ameaça militar dos EUA contra o país sob o pretexto de combater o tráfico de drogas.
Ele referiu que o traficante de drogas, Levi Enrique López Bati, tem laços estreitos com Gersio Parra Machado, que opera em Catatumbo e em La Guajira, na Colômbia.
Ele afirmou que o narcotraficante Levi Enrique López é um agente da DEA e que o transporte dessa droga faria parte de uma operação de bandeira falsa contra a Venezuela. Chamou a atenção o facto de os quatro detidos portarem carteiras de identidade. «Quatro detidos com carteiras de identidade venezuelanas iam sair», referiu Cabello, que detalhou que também foram apreendidos durante a operação 100 sacos de cloridrato de cocaína, um telefone satélite, dois smartphones, dois radiotransmissores, um GPS e 2.400 litros de combustível.
Os detidos confirmaram que López Bati trabalha para a DEA. Sabemos que ele estava a colaborar nesta operação, afirmou. Um detido em Porto Rico, conhecido como Cirilo, colocou López Bati em contacto com a DEA para executar esta operação e incriminar a Venezuela.
Ele destacou que a detenção desse grupo de traficantes de drogas é resultado de investigações realizadas ao longo de vários meses e que as operações de captura sempre respeitaram os protocolos internacionais sobre o assunto. No caso da lancha capturada na madrugada de segunda-feira, uma embarcação do tipo Go Fast equipada com quatro motores de 300 cavalos de potência cada, os tripulantes inicialmente ignoraram a ordem para parar, mas depois se renderam ao perceber que não tinham como escapar.
“É assim que se faz uma operação quando se quer demonstrar um fato. Não bombardeamos uma embarcação sem saber, podendo fazê-lo, porque lhes foi dada a ordem de parar e eles não pararam”, refletiu o ministro venezuelano, que contrastou essa atuação profissional e respeitosa da vida e dos direitos humanos com o procedimento empregado pelos EUA de bombardear embarcações em alto mar.
Não temos autoridade para matar ninguém, disse Cabello, que afirmou que esse método é ideal para criar uma narrativa falsa sobre a Venezuela, pois não deixa testemunhas nem evidências.
Destacou a posição firme do presidente Gustavo Petro contra o narcotráfico. Lembrou que o chefe de Estado colombiano é atacado pelos EUA e refletiu que isso não é por acaso. Ratificou que a Venezuela continuará impedindo a saída de drogas através do seu território.
De acordo com a investigação do caso e o GPS da embarcação, essa droga saiu da Colômbia, afirmou Cabello. Ele instou novamente a administração Trump a bloquear as drogas que saem pelo Pacífico rumo aos EUA e à Europa. Ele lembrou que vários carregamentos apreendidos foram descobertos em cargas de bananas, o que leva ao presidente equatoriano Daniel Noboa e sua família.
Ele afirmou que o envio de tropas dos EUA ao Caribe obedece a uma operação de mudança de governo na Venezuela.
Fonte e crédito da foto: https://www.telesurtv.net/denuncia-operacion-falsa-bandera-dea-narcotrafico/