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A paciência dos povos árabes está prestes a explodir contra seus governantes fantoches
Editorial da União Palestina da América Latina - UPAL
Publicado em 19/09/2025 10:31
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A paciência dos povos árabes está chegando ao limite. Durante décadas, eles suportaram ditaduras, monarquias absolutas e repúblicas disfarçadas que nada mais são do que satélites de Washington, Londres e Tel Aviv. Governos que, em vez de defender a dignidade árabe, se especializaram em subjugar seus povos com repressão interna e trair a Palestina em todas as mesas de negociação internacionais.

Enquanto Gaza é massacrada, o Iêmen destruído, a Síria fragmentada, o Iraque saqueado e o Líbano sufocado, o que os regimes árabes estão fazendo? Reuniões vazias, declarações mornas e, na verdade, cumplicidade com o inimigo. O povo sabe: seus governantes são fantoches que só sobrevivem porque servem como guardiões de interesses estrangeiros.

Exemplos abundam e são dolorosos:

Egito, que mantém a passagem de Rafah fechada, condenando milhões de palestinos à fome e ao desespero, enquanto seu regime se apresenta hipocritamente como um "mediador da paz".

Arábia Saudita, que joga dos dois lados: proclamando solidariedade à Palestina, mas negociando secreta e publicamente com os Estados Unidos e Israel, consolidando pactos de normalização que beneficiam apenas os sionistas.

Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que assinaram os chamados "Acordos de Abraão" e se renderam ao ocupante, tornando-se cúmplices declarados de genocídio.

A Jordânia, que reprime brutalmente seu povo sempre que este se manifesta contra Israel, mantendo um tratado de paz que legitima a ocupação.

Marrocos, que preferiu vender a Palestina em troca do reconhecimento de sua ocupação do Saara Ocidental, demonstrando que a traição é sua moeda diplomática.

Esses regimes não representam seus povos. Eles representam os interesses das potências ocidentais e de seus próprios palácios. Eles são fantoches do imperialismo, guardiões de bases militares estrangeiras e cúmplices dos algozes da Palestina. Seus discursos vazios não convencem mais ninguém.

Nas ruas, nas universidades, nas mesquitas, nos campos de refugiados, a raiva cresce. Do Cairo a Rabat, de Amã a Manama, o povo árabe exige dignidade e ação real. Cada criança morta em Gaza é um grito que ressoa nos corações árabes; cada casa demolida é um lembrete de que a paciência tem limite.

Os governantes fantoches devem saber que seus tronos estão tremendo. Eles não conseguirão silenciar as massas com repressão para sempre, nem sobrarão migalhas comprando consciências. Quando a paciência se esgotar — e está prestes a acontecer — não haverá exército, palácio ou tratado internacional que possa salvá-los da fúria popular.

O povo árabe não esquece nem perdoa. A cumplicidade é punível, e a traição à Palestina será o túmulo político desses regimes servis. A dignidade árabe não está morta: está ganhando força e, quando despertar, varrerá todos os tiranos que hoje se humilham diante de seus senhores.



UPAL – União Palestina da América Latina


18 de setembro de 2025

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