A Assembleia Geral da ONU votou por ampla maioria para conceder à Palestina o direito de participar de suas sessões, mesmo diante da conhecida e vergonhosa tentativa de veto dos Estados Unidos. Mais uma vez, o mundo demonstra que a causa palestina não é marginal nem esquecida: é a causa da justiça universal.
Com a esmagadora maioria dos países, a ONU enviou uma mensagem clara: a Palestina existe, resiste e tem voz, ainda que Washington tente silenciá-la com seu veto, cúmplice de genocídio. A imagem é clara: um único país isolado diante da dignidade de dezenas de nações que se recusam a aceitar que o povo palestino continue invisível no cenário internacional.
Esta votação também revela a crise moral da ONU. Enquanto o Conselho de Segurança permanece paralisado pelo abuso do veto, a Assembleia Geral reflete a verdadeira vontade do povo. Não é uma vitória definitiva, mas é um passo simbólico e político de enorme valor: a Palestina não pode ser apagada da história.
O desafio agora é garantir que essa voz não permaneça simbólica. A participação deve se traduzir em decisões vinculativas, sanções contra o ocupante e pleno reconhecimento do Estado Palestino. Palavras de apoio não são mais suficientes; ação é necessária.
O povo palestino demonstrou que, apesar dos muros, bombas e vetos, sua existência é inegociável. A votação de 22 de setembro será lembrada como o dia em que a Palestina falou na ONU, e o mundo ouviu.
União Palestina da América Latina – UPAL
22 de setembro de 2025