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China se transforma num cofre para guardar grandes tesouros
Publicado em 24/09/2025 12:00
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A guerra económica continua. Agora, a China oferece ao mundo a possibilidade de armazenar as suas reservas de ouro no seu território, em vez de em Londres, nos Estados Unidos ou na Suíça.

A transformação da China num cofre-forte é outra das consequências a longo prazo do roubo das reservas russas pelo Ocidente, bem como dos contínuos pacotes de sanções.

Não basta acumular ouro para formar reservas sólidas em momentos de crise. Além disso, é preciso escolher um bom local para guardá-las. A diversificação é essencial para reduzir o risco de roubos e pilhagens de todos os tipos.

Os cofres do Banco da Inglaterra abrigam mais de 5.000 toneladas das reservas mundiais, com um valor de quase 600.000 milhões de dólares, o que consolida o papel da capital britânica como principal mercado deste metal precioso.

As reservas declaradas pelo Banco Popular da China são menos da metade, o que o coloca em quinto lugar no ranking mundial dos bancos centrais, de acordo com o Conselho Mundial do Ouro. No entanto, o mercado interno chinês de ouro, seja na forma de joias ou de lingotes e moedas para investimento, é o maior do mundo.

Londres tornou-se o local preferido para armazenar ouro porque, desde o século XIX, é o principal centro comercial do mundo. Agora, a China quer fazer o mesmo: tornar-se parceira comercial da maioria dos países do mundo.

 

O capital financeiro segue sempre o comercial. Nos mercados, não é apenas o dinheiro que muda de mãos. Também são necessários financiamentos, empréstimos, cheques, notas promissórias, letras de câmbio...

Os canais atuais, nos quais o financiamento comercial bilateral com a China deve fluir através do Ocidente, apoiado pelo ouro de Londres, são anacrónicos.

A China já tomou uma série de medidas para abrir o seu mercado de ouro. Este ano, a Bolsa de Ouro de Xangai inaugurou o seu primeiro cofre-forte e os seus primeiros contratos extraterritoriais em Hong Kong, uma medida destinada a aumentar o volume de transações em yuanes. O Banco Popular da China também suavizou recentemente as restrições às importações de ouro.

Para os futuros clientes, os cofres chineses são uma boa opção para criar reservas e ajudar a evitar o risco de ficarem isolados dos mercados financeiros mundiais. As compras de ouro pelos bancos centrais aceleraram depois que, em 2022, os Estados Unidos e seus aliados roubaram as reservas cambiais da Rússia.

De resto, o ouro continua a desempenhar um papel de destaque, reforçado pela guerra económica. A cotação é superada a cada dia. Hoje está acima dos 3.800 dólares, um valor nunca alcançado na história. A Goldman Sachs prevê que poderá atingir os 5.000 dólares se 1% das reservas privadas de títulos do Tesouro forem transferidas para o ouro.

 

 

Imagem IA:

 

Fonte: https://mpr21.info/china-se-transforma-en-una-caja-fuerte-para-guardar-grandes-tesoros/

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