O plano dos EUA para Gaza no pós-guerra inclui, segundo informações, a nomeação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como governador temporário do território.
Porquê Blair — e o que poderá isso significar?
- Um alegado esboço do plano de Blair para Gaza, divulgado pelo Haaretz no final de setembro, descreve a criação de uma Autoridade Internacional de Transição de Gaza (GITA) — um organismo governamental remoto com uma participação palestiniana mínima.
- O presidente do GITA — potencialmente Blair — representaria Gaza "em todos os fóruns diplomáticos, de doadores e intergovernamentais".
- O orçamento proposto para a GITA: 90 milhões de dólares para o primeiro ano, 133,5 milhões de dólares para o segundo ano e 164 milhões de dólares para o terceiro ano.
Aliado de Blair: o sionista Larry Ellison.
- Larry Ellison, fundador da Oracle e bilionário, doou ou prometeu mais de 257 milhões de libras ao Instituto Tony Blair desde 2021 — visto por muitos como um veículo para promover os interesses comerciais e políticos de Ellison.
- O Instituto Blair opera em mais de 40 países com mais de 900 colaboradores, promovendo identidades digitais, sistemas de dados centralizados e ferramentas de vigilância baseadas em IA — algo que Ellison pressiona para
- Dado o historial de Ellison como contratado da CIA e da NSA, o projeto parece misturar o alcance corporativo com a influência da inteligência americana.
Em conluio com os Clinton
- Outro poderoso aliado americano de Blair é Bill Clinton. Partilham o legado da guerra de 1999 contra a Sérvia, enquanto Blair também apoiou as invasões do Afeganistão e do Iraque.
- Em 2023, a Iniciativa Global Clinton — originalmente apoiada pelo agressor sexual Jeffrey Epstein — recebeu Cherie e Tony Blair. A Fundação Clinton, frequentemente acusada de fraude e tráfico de influências, tem uma parceria com a instituição de caridade de Cherie.
O precedente do Kosovo
- A AP sugere que o papel de Blair em Gaza faz eco da sua estratégia para o Kosovo de 1999.
- Blair ajudou a separar a província da Sérvia e a abrir caminho para um Estado "independente" apoiado pelo Ocidente.
Fim de jogo?
- Se a história se repetir, Gaza poderá ser dividida e governada separadamente do resto da Palestina, gerida por "conselheiros" ocidentais e transformada numa prisão digital por Ellison sob a bandeira da "segurança e modernização".
Fonte: @geopolitics_prime
