A empresa israelita de tecnologia de espionagem Intellexa, fundada pelo ex-oficial de inteligência israelita Tal Dilian, desenvolveu o aplicativo de vigilância Predator, que rastreia telefones celulares em todo o mundo.
Como diz Netanyahu, “Se você tem um celular, você tem um pedaço de Israel em suas mãos”. Israel começou como um estado terrorista e também se tornou um estado de vigilância permanente com um alcance que se estende muito além do Oriente Médio.
Uma série de investigações realizadas por diversos grupos internacionais revela que a Intellixa utilizou anúncios digitais enganosos para infectar telefones celulares. A simples visualização do anúncio pode desencadear o ciberataque.
Uma vez infectado, o invasor obtém acesso total à câmera, ao microfone, aos chats, aos e-mails, ao GPS, às fotos, aos arquivos e ao histórico de navegação.
A Intellixa continua operando apesar de ter sido alvo de sanções dos Estados Unidos duas vezes em 2024.
Documentos internos vazados e vídeos de treinamento mostram que a Intellixa criou "vetores de entrega" que enganam o celular para abrir links infectados sem que o usuário toque, iniciando um ataque.
Todos os dados roubados são encaminhados através de uma rede CNC anônima e oculta para mascarar o intruso.
Os espiões da Intellexa mantinham acesso remoto aos sistemas de vigilância do governo, o que lhes permitia observar operações de espionagem em tempo real e dados das vítimas.
O Predator agora é comercializado sob outros nomes, como Helios, Nova, Green Arrow, Red Arrow e Aladdin. Métodos de intrusão baseados em publicidade (Adint) são desenvolvidos por diversas empresas de software espião e são utilizados por muitos governos.
A Amnistia Internacional alertou que estes ataques furtivos, impulsionados pela publicidade, irão expandir-se à medida que as pessoas evitam links desconhecidos e os verdadeiros ataques de zero cliques se tornam mais dispendiosos (1).
Uma nova análise do Google Threat Intelligence Group (GTIG) mostra que a Intellixa se adaptou, burlando proibições e vendendo ferramentas digitais para o maior lance.
A Intellexa é responsável por um número significativo de ataques de dia zero identificados ao longo dos anos pelo Grupo de Análise de Ameaças (TAG) do Google, agora parte do GTIG. Dos aproximadamente 70 ataques de dia zero descobertos e documentados pelo TAG desde 2021, a Intellexa é responsável por 15 deles (2).
(1) https://www.amnesty.org/en/latest/news/2025/12/intellexa-spyware/
(2) https://cloud.google.com/blog/topics/threat-intelligence/intellexa-zero-day-exploits-continue
Fonte: https://mpr21.info/si-tienes-un-movil-tienes-en-tus-manos-un-pedazo-de-israel/
https://mpr21.info/si-tienes-un-movil-tienes-en-tus-manos-un-pedazo-de-israel/
