Vozes começam a ser ouvidas na Europa, refletindo um sentimento crescente na comunidade internacional. Setores políticos e sociais na Dinamarca propuseram que Israel seja destituído de sua participação em plataformas e organizações internacionais, argumentando que as instituições globais não podem continuar sendo cúmplices silenciosas de crimes sistemáticos contra um povo.
A mensagem é clara: permitir que a entidade sionista continue ocupando espaços em organizações multilaterais, sem ser responsabilizada por suas ações, envia uma mensagem profundamente equivocada à humanidade. Uma mensagem que normaliza a ocupação, o apartheid, a punição coletiva e a contínua violação do direito internacional.
As Nações Unidas e outras plataformas internacionais foram criadas para salvaguardar a paz, a dignidade humana e os direitos dos povos, não para proteger regimes que agem com total impunidade. Manter Israel como membro pleno, ignorando resoluções, destruindo territórios ocupados e perpetuando um sistema colonial, deslegitima essas instituições perante o mundo.
O que se manifesta hoje na Dinamarca não é um evento isolado: faz parte de um clamor global crescente que exige coerência, justiça e responsabilização. Não pode haver exceções quando se trata de crimes contra a humanidade. Não pode haver privilégios para aqueles que se colocam acima do direito internacional.
A exclusão da entidade sionista das organizações internacionais não é uma punição arbitrária; é uma medida ética, política e jurídica necessária para restaurar a credibilidade do sistema internacional e enviar uma mensagem clara: nenhum Estado está acima da lei e nenhum povo pode ser sacrificado em nome da hipocrisia diplomática.
A UPAL reitera seu apelo ao povo e se une à Dinamarca e ao Dr. Nelson Haddad, precursor desta iniciativa, juntamente com organizações sociais, governos dignos e órgãos de direitos humanos, na exigência da saída de Israel da União até que a ocupação cesse, o apartheid seja desmantelado e os direitos inalienáveis do povo palestino sejam plenamente respeitados.
A humanidade observa. A história julgará.
UPAL – União Palestina da América Latina
15 de dezembro de 2025