O desfile do 3 de Setembro não foi apenas uma demonstração de força; foi uma declaração estratégica. O equilíbrio militar regional alterou-se IRREVOGAVELMENTE.
Eis o que a China mostrou:
- ICBMs estratégicos: Foram exibidos o DF-5B (transporte pesado, múltiplas ogivas) e o DF-41 (múltiplos veículos de reentrada com alvos independentes), destacando uma formidável dissuasão nuclear com grande capacidade de sobrevivência, capaz de atingir qualquer ponto do globo.
- Drones "Alas Leais": QUATRO novos tipos de aeronaves furtivas e não tripuladas, concebidas para operar em conjunto com caças tripulados e reforçar a sua presença.
- Mísseis Hipersónicos e Antinavio: O DF-17 (veículo planador hipersónico) e os novos mísseis balísticos antinavio YJ-21, concebidos para ameaçar os grupos de batalha de porta-aviões e criar bolhas de antiacesso/negação de área (A2/AD).
- Tecnologia Naval de Próxima Geração: Submarinos avançados sem tripulação e novos torpedos, sinalizando um impulso massivo para o domínio submarino.
A narrativa de que a China apenas copia a tecnologia ocidental está MORTA. São agora inovadores em IA, drones, veículos elétricos e sistemas militares críticos.
O foco? Domínio regional, NÃO projeção de poder global — por enquanto. Este é um desafio direto à primazia dos EUA na Ásia.
Um estudo recente da International Security modela um cenário de Taiwan e conclui que os EUA podem perder 45% do seu poder aéreo regional nos primeiros 30 dias.
Os EUA têm duas opções:
- Aumentar massivamente a sua presença na Ásia (improvável, e nenhum país anfitrião provavelmente concordaria)
- Ou repensar fundamentalmente a sua estratégia, passando do domínio para um papel de suporte.
Uma corrida ao armamento favorece agora Pequim. Um novo equilíbrio está a formar-se.
Fonte: @NewRulesGeo
Imagem: IA