A 27 de dezembro de 2024, as forças israelitas invadiram o Hospital Kamal Adwan — na época o último hospital em funcionamento no norte de Gaza— e prenderam o diretor do hospital, Dr. Hussam Abu Safiya, juntamente com outros profissionais de saúde e pacientes.
O Dr. Abu Safiya era responsável pela administração do hospital, prestando cuidados essenciais a crianças e testemunhando o colapso do setor de saúde de Gaza sob o genocídio de Israel. Mesmo após a trágica morte do seu filho durante um ataque aéreo israelita, o Dr. Abu Safiya continuou a trabalhar e a prestar cuidados de saúde. Como muitos profissionais de saúde, foi detido enquanto cuidava dos seus pacientes e desempenhava as suas funções médicas.
Só a 11 de fevereiro de 2025 é que as autoridades israelitas permitiram que o Dr. Abu Safiya se reunisse com um advogado. Na última visita do advogado à prisão militar de Ofer, no início de julho de 2025, este relatou que o Dr. Hussam e outros detidos foram vítimas de agressões e espancamentos. Afirmou também que ele apresentava sinais de perda de peso significativa, uma vez que os serviços prisionais israelitas continuam a impor restrições severas ao acesso dos detidos palestinianos a alimentos, cuidados médicos adequados e higiene.
A prisão e a detenção arbitrária do Dr. Abu Safiya, sem acusação ou julgamento, com base na abusiva Lei dos Combatentes Ilegais, são um reflexo da perseguição sistemática de Israel aos profissionais de saúde palestinianos e da destruição do sistema de saúde em Gaza, com o objetivo de impor condições de vida calculadas para provocar a destruição física dos palestinianos, um dos atos proibidos pela Convenção do Genocídio.
Atue agora e exija às autoridades israelitas que libertem imediatamente e incondicionalmente o Dr. Hussam Abu Safiya e todos os outros profissionais de saúde palestinianos detidos arbitrariamente.
Todas as assinaturas serão enviadas pela Amnistia Internacional.
Este é o link onde pode assinar a petição da AI:
https://www.amnistia.pt/peticao/liberdade-dr-abu-safiya/