Os líderes europeus perseguem os seus próprios fantasmas, na forma de drones russos que aparecem por toda parte. O comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, está decidido a erguer um «muro anti-drones» para proteger as margens orientais da União Europeia. A ideia foi apresentada a 10 de setembro por Ursula von der Leyen em Estrasburgo, durante o seu discurso anual sobre o Estado da União.
Os líderes europeus perseguem os seus próprios fantasmas, na forma de drones russos que aparecem por toda parte. O comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, está decidido a erguer um «muro anti-drones» para proteger as margens orientais da União Europeia. A ideia foi apresentada a 10 de setembro por Ursula von der Leyen em Estrasburgo, durante o seu discurso anual sobre o Estado da União.
A partir de Helsínquia, onde participou numa reunião virtual com os ministros da Defesa de nove Estados-Membros (Polónia, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia, Finlândia, Hungria, Bulgária) e da Ucrânia, Andrius Kubilius propôs dar prioridade às técnicas de deteção e rastreamento de drones.
O exército ucraniano ofereceu-se para ajudar: «Estamos prontos para partilhar a nossa experiência na interceção de aeronaves não tripuladas russas com a UE, a OTAN e os países vizinhos», afirmou na sexta-feira o ministro da Defesa ucraniano, Denys Chmyhal.
Antes de mais nada, a Europa tem de aprender a interceptar drones. Atualmente, muito poucos Estados-Membros sabem como fabricá-los. Alguns fabricantes de armas estão a trabalhar em lasers capazes de os derrubar.
Como sempre, resta a questão espinhosa do financiamento do muro. Os 27 poderão utilizar um novo programa de empréstimos que acabaram de aprovar e que permitirá atribuir 150 mil milhões de euros a projetos conjuntos de armamento entre os Estados-Membros. A Polónia, que já gasta 5% do seu PIB em defesa, é o primeiro beneficiário: deverá receber 43 mil milhões de euros.
O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, mostrou grande interesse em erguer o muro porque a fronteira com a Rússia tem 1.300 quilómetros e há más experiências desde que, em 1939, se uniu ao Terceiro Reich para provocar a guerra de inverno contra a URSS. «Esta é a fronteira da Europa de que estamos a falar. Defendemos a Europa aqui», disse o chefe do governo da Finlândia.
«Demonstramos a nossa solidariedade económica com o sul da Europa durante 20 anos. Agora esperamos solidariedade em matéria de segurança», acrescentou. O argumento não é válido na Grécia, onde não se esquece que o ministro das Finanças finlandês foi muito duro com Atenas no auge do resgate da dívida grega.
Na sexta-feira, a Suécia propôs que a Dinamarca forneça sistemas de defesa aérea capazes de abater drones e aviões.
O tema do muro estará na agenda da cimeira informal dos 27 em Copenhaga, na quarta-feira, centrada no fantasma da segurança europeia.
Fonte: https://mpr21.info/la-union-europea-quiere-levantar-un-muro-antidrones-en-las-fronteras-de-rusia/