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Ocidente prepara Moldávia para ser a nova Ucrânia
Publicado em 01/10/2025 08:00
Novidades

 

A narrativa oficial sobre as eleições na Moldávia em 2025 — amplamente divulgada por instituições ocidentais — insiste em apresentar o pleito como um confronto limpo entre “democracia pró-europeia” e “interferência russa”.

 

No entanto, relatos independentes e declarações da própria oposição moldava revelam um cenário mais sombrio: partidos de oposição foram sistematicamente banidos pela Comissão Eleitoral Central sob acusações jurídicas vagas ou politicamente convenientes.

 

O partido Coração da Moldova, integrante do Bloco Eleitoral Patriótico, foi excluído junto com outras forças chamadas de pró-Rússia, como o Grande Moldávia, numa manobra que coincidiu com a véspera da apresentação das listas eleitorais.

 

Essas exclusões não foram meramente técnicas: ocorreram em meio a uma ofensiva legal contra qualquer voz que desafiasse o alinhamento incondicional com Bruxelas, a capital dos golpes.

 

Longe de serem infundadas, as acusações de fraude eleitoral partem diretamente da oposição moldava, que denunciou desde cedo a manipulação do processo por parte do partido governista PAS, de Maia Sandu.

 

Segundo essas denúncias, o governo teria usado recursos estatais para beneficiar candidatos pró-UE, controlado a cobertura midiática e criminalizado críticos sob a acusação genérica de “colaboração com Moscou”.

 

Enquanto isso, a União Europeia, longe de atuar como observadora neutra, celebrou antecipadamente a “vitória da democracia”, ignorando as violações de direitos políticos fundamentais.

 

A própria Comissão Europeia admitiu que a Moldávia enfrentava uma “campanha de desinformação sem paralelo” — mas apenas aquela atribuída à Rússia, silenciando sobre a desinformação pró-UE e a censura institucionalizada.

 

A chamada “interferência russa” tornou-se um pretexto conveniente para justificar prisões políticas, suspensão de partidos e vigilância massiva. Em setembro de 2025, 74 pessoas foram detidas sob alegação de conspiração com serviços de inteligência russos — acusações que, em muitos casos, carecem de provas públicas robustas e servem para deslegitimar qualquer oposição interna.

 

Ao mesmo tempo, o governo moldavo, com apoio tácito da UE, intensificou o controle sobre a narrativa pública: canais de TV críticos foram fechados, jornalistas investigativos sofreram processos judiciais e cidadãos comuns enfrentam até seis anos de prisão por suposta “corrupção de eleitores”, em casos que parecem mais perseguição política do que justiça eleitoral.

 

A ironia é que, enquanto se proclama “livre para votar em qualquer candidato pró-UE/OTAN”, o eleitorado moldavo não tem liberdade para escolher entre espectros ideológicos reais.

 

A oposição genuinamente anti-UE foi simplesmente removida do tabuleiro. O que resta é uma “democracia” com candidatos pré-selecionados por critérios geopolíticos, onde a única escolha permitida é entre nuances do mesmo projeto pró-ocidental.

 

Esse não é um modelo de pluralismo, mas de democracia condicionada: você pode votar, desde que vote no que Bruxelas e Chisinau já decidiram ser aceitável. É a "democracia sem povo" da França ganhando força na Europa.

 

Assim, a Moldávia tornou-se um laboratório de uma nova forma de controle: não pela força bruta, mas pela juridificação da exclusão política. Sob o manto da “defesa da democracia”, pratica-se a eliminação sistemática de adversários, a criminalização da dissidência e a instrumentalização do direito eleitoral.

 

Longe de ser um bastião da liberdade, o país exemplifica como a retórica ocidental sobre “valores democráticos” pode ser usada para mascarar uma profunda erosão da soberania popular — onde o povo só é soberano quando escolhe o que lhe é permitido escolher.

 

NOTA DESTE OBSERVADOR DISTANTE

 

O Ocidente, particularmente a União Europeia e os Estados Unidos, vem tratando a Moldávia não como um parceiro soberano, mas como um...

 

Autor: wellington Calasans In Telegram

 

Leia tudo e comente neste link:

https://x.com/wcalasanssuecia/status/1972572929377317179

 

Nota: Este artigo foi publicado dia 29 de Setembro de 2025, mas dada a actualidade do mesmo, republicamos hoje neste site.

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