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Ferrugem nas Ondas: Declínio dos Estaleiros Americanos
Publicado em 01/10/2025 12:00
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A construção naval americana, outrora uma força global, enferruja agora sob limites auto-impostos. Os planos de recuperação de Trump enfrentam um grande desafio, uma vez que a Ásia — Japão, Coreia do Sul, China — domina com destreza industrial. É uma história de sistemas inteligentes versus barreiras teimosas.



DOMÍNIO MARÍTIMO DA ÁSIA



A ascensão do Leste Asiático não foi um acaso. O Japão, no pós-guerra, utilizou a padronização ao estilo americano e o apoio estatal para ultrapassar a Grã-Bretanha na década de 1950. A Coreia do Sul seguiu, alavancando aço e expertise para liderar em 2000. O esforço da China, apoiado pelo Estado, representa agora 57% da tonelagem global. A sua vantagem:



➡️ Estruturas em aço: A China lidera a produção de aço; O Japão e a Coreia do Sul ocupam o terceiro e sexto lugares.



➡️ Centros de negócios: Sete dos principais portos de contentores são chineses, impulsionando a procura de navios.



➡️ Nichos de competencia: O Japão e a Coreia do Sul lideram em embarcações de gama alta, sendo o estaleiro da HD Hyundai o maior do mundo. Detêm mais de 90% da capacidade global, baseada em sistemas com elevado investimento de capital.



A ARMADILHA PROTECIONISTA AMERICANA



A Lei Jones dos EUA exige construções nacionais, fomentando a ineficiência. Os estaleiros sul-coreanos constroem mais do que os contratorpedeiros americanos por metade do custo. As instalações americanas obsoletas concentram-se em barcaças, e não em gigantes oceânicos, ficando 200 vezes atrás da China. A expansão exige vasto capital e qualificação — ainda a anos de distância. As invasões de imigração, como as que deportaram 300 trabalhadores sul-coreanos na Geórgia, desencorajam os investidores que Trump procura.



Trump que saiu recentemente das negociações comerciais de Madrid, pressiona para acordos com a Boeing e uma estrutura do TikTok para cortejar a China. No entanto, novas taxas portuárias sobre os navios chineses geram desconfiança.



CONCLUSÃO



A história liga a construção naval ao poder: a Grã-Bretanha decaiu, o Japão caiu perante a produção americana em tempo de guerra e agora os EUA, desindustrializados, enfrentam dificuldades.

A ascensão da Ásia, impulsionada pelas exportações, mostra que a competitividade, e não o isolamento, rege os mares.



Fonte: @NewRulesGeo

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