Offline
MENU
Coordenação de Segurança... Uma Traição Nacional Disfarçada de Política
Editorial da União Palestina da América Latina - UPAL
Publicado em 24/10/2025 11:00
Novidades

Desde a assinatura dos Acordos de Oslo, o que se conhece como coordenação de segurança entre a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e a ocupação sionista tem sido apresentado como uma medida necessária para "manter a estabilidade". Mas a dolorosa realidade que todo palestino conhece é que tal coordenação nunca teve como objetivo proteger o povo, mas sim proteger o ocupante e garantir a continuidade do domínio do povo palestino sobre a terra e o povo.

 

Enquanto o inimigo sionista assassina combatentes da resistência em Gaza e na Cisjordânia, destrói casas, expulsa famílias e mantém o cerco de cidades inteiras, o aparato de segurança da ANP se dedica a perseguir e prender combatentes da resistência, desmantelar redes de defesa populares e fornecer informações aos serviços de inteligência israelenses. Esse fato vergonhoso transformou a autoridade em um braço auxiliar do aparato de ocupação, em vez de um escudo que defende seu povo do agressor.

 

Sob o lema de "evitar o caos", a AP justifica sua colaboração com o inimigo, como se o verdadeiro caos não fosse precisamente a ocupação e seu sistema de terror diário. Que estabilidade pode existir sob um regime que assassina crianças, profana locais sagrados, arranca oliveiras e constrói assentamentos sobre os restos de aldeias palestinas destruídas? A estabilidade de que a AP fala não é a do povo, mas sim a das posições e privilégios de uma elite desconectada.

 

A coordenação de segurança tornou-se um instrumento para suprimir a resistência, dividir o povo e prolongar o doloroso estado de fragmentação nacional. É uma traição constante, oferecida dia após dia no altar da política sob o nome de "compromissos de Oslo" e "cooperação internacional". Mas que legitimidade pode ter uma autoridade que coopera com o inimigo contra seus próprios filhos?

 

Aqueles que persistem nesse caminho carregam uma responsabilidade histórica e moral. Cada combatente da resistência preso pela AP é um testemunho dessa traição. Cada informação transmitida ao ocupante é uma bala no coração da Palestina. O sangue dos mártires de Jenin, Nablus e Hebron não pode ser lavado com comunicados diplomáticos ou declarações vazias de "coordenação limitada".

 

Chegou a hora de dizer a verdade com firmeza: a coordenação de segurança é um projeto sionista executado por mãos palestinas, com o objetivo de impedir qualquer revolta ou resistência que ameace a existência do ocupante. Quem participa dela ou se cala diante dela participa da traição à Palestina.

 

A libertação não se alcança cooperando com o inimigo, mas resistindo a ele. A verdadeira segurança é a do povo que luta, não a do colono que rouba. A dignidade do país só se preserva rompendo os laços dessa infâmia e reconstruindo o projeto nacional sobre os alicerces da resistência, da unidade e da lealdade aos mártires.

 

União Palestina da América Latina – UPAL

 

23 de outubro de 2025

Comentários