“O alvorecer de um dia melhor para a humanidade”, disse Zahran Mamdani ao saber de sua vitória como prefeito da cidade de Nova York. Seu triunfo histórico e inspirador abalou os alicerces da política americana e reacendeu a esperança global em meio à escuridão imposta pelo sionismo e pela extrema-direita internacional.
Em meio à fúria do regime israelense e à decepção com o trumpismo, um jovem democrata muçulmano de esquerda, nascido em uma família de ascendência indiana e africana, se ergue como um símbolo de uma nova era. Zahran Mamdani representa uma geração que não tem medo de pronunciar as palavras proibidas por aqueles no poder: Palestina, justiça, dignidade, humanidade.
Sua vitória não é apenas uma derrota para Donald Trump e seus herdeiros políticos, mas também um golpe moral para o sistema que, por décadas, sustentou a ocupação israelense e silenciou as vozes que clamam por liberdade. O declínio do trumpismo, que buscava restaurar um império branco e arrogante, encontra hoje seu equivalente na ascensão de uma política empática, pluralista e consciente.
Zahran Mamdani, conhecido por seu compromisso com a justiça social, o congelamento dos aluguéis, moradia digna e transporte público gratuito, personifica a fusão entre a luta local e a solidariedade global. Sua voz, que ecoou em marchas pela Palestina e em fóruns de direitos humanos, está se tornando agora a voz institucional da maior cidade dos Estados Unidos.
Sua história pessoal — a de um menino que emigrou para os Estados Unidos aos oito anos de idade, filho do renomado acadêmico Mahmood Mamdani e da cineasta Mira Nair — reflete o espírito dos povos deslocados, das diásporas que, como a palestina, transformaram o exílio em uma forma de resistência e criação.
A raiva do sionismo e a perplexidade dos setores reacionários são, paradoxalmente, o testemunho mais eloquente dessa mudança. Porque o que era impensável ontem tornou-se realidade hoje: Nova Iorque, a capital do capitalismo global, elegeu um defensor dos povos oprimidos e um crítico declarado do apartheid israelense.
Da União Palestina da América Latina, saudamos este triunfo como uma mensagem universal: os povos estão despertando.
O declínio do ódio e do racismo trumpista anuncia o alvorecer de um dia melhor para a humanidade.
União Palestina da América Latina – UPAL
6 de novembro de 2025