Offline
MENU
“50 Anos Após a Resolução 3379: A Verdade Que o Poder Não Conseguiu Apagar”
Publicado em 11/11/2025 18:32
Novidades

Há cinquenta anos, em 10 de novembro de 1975, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Resolução 3379, uma declaração histórica que afirmava de forma clara e corajosa: “O sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial”.


Naquele dia, a consciência moral do mundo se manifestou com força. Povos oprimidos, nações não alinhadas, movimentos anticoloniais e aqueles que ainda acreditavam na dignidade humana viram refletida uma verdade que o sofrimento palestino já havia revelado ao mundo: o sionismo não era uma ideologia de libertação, mas um projeto de exclusão, ocupação e apartheid.

Mas a história também registra o outro lado dessa verdade. Em 1991, sob pressão direta dos Estados Unidos e do poder político e econômico do lobby sionista, a mesma ONU que ousara nomear o racismo revogou a Resolução 3379. Não por convicção ou justiça, mas por submissão. A votação para revogar a resolução demonstrou como o poder global impõe silêncio à verdade quando seus interesses estão em jogo.

Essa revogação não mudou a realidade; apenas tentou apagar as palavras que a descreviam. Mas o povo palestino continua a testemunhar esse racismo institucionalizado: nas leis israelenses que privilegiam os judeus em detrimento dos árabes; nos muros que separam famílias; nos postos de controle que humilham; na limpeza étnica e na ocupação que nunca termina. Tudo isso não é “interpretação política”, mas a prova viva de um sistema persistente de apartheid.

Hoje, meio século depois, os acontecimentos comprovam a verdade de 1975.
O sionismo se revela ao mundo não como uma ideologia de refúgio, mas como uma ideologia de dominação.

E a ONU, que outrora ousou chamar as coisas pelos seus nomes, deve recuperar a sua dignidade e a sua independência da chantagem política.

Porque as resoluções podem ser revogadas, mas a verdade não pode ser revogada.

E a verdade é esta: a Palestina ainda está viva, e o sionismo ainda é racismo.

União Palestina da América Latina - UPAL

11 de novembro de 2025

 

Comentários