“Estamos acompanhando de perto os desdobramentos e declaramos que, se o inimigo retomar sua agressão contra Gaza, retornaremos às nossas operações militares em território sionista e restabeleceremos a proibição da navegação israelense nos mares Vermelho e Arábico”, escreveu Yusuf Hassan al-Madani, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Houthi, em uma carta sem data endereçada às Brigadas Al-Qassam do Hamas.

Desde o final de 2023, os houthis lançaram uma série de mísseis e drones contra Israel, atacaram e danificaram mais de 60 navios e afundaram quatro (um britânico e três de propriedade grega) nos mares Vermelho e Arábico, devido a suspeitas de ligações com Israel.

Os combatentes iemenitas vincularam sua campanha ao ataque de Israel a Gaza e, juntamente com o Hezbollah libanês, foram os únicos atores árabes a prestar auxílio a Gaza.

A campanha dos Houthis envergonhou os militares israelenses, americanos e britânicos, cujo fracasso em interceptar a guerra assimétrica dos militantes por meio de múltiplas campanhas prolongadas de bombardeio e interdição foi notado por observadores em todo o mundo.

Israel, cujos magnatas do transporte marítimo foram os que mais perderam com a campanha da milícia, ameaçou retomar os ataques ao Iêmen, independentemente do que aconteça em Gaza.

Fonte: @geopolitics_prime