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Pokovsk não é causa, é consequência!
Publicado em 13/11/2025 11:15
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Chega de gozo, de confundir ideologia retrógrada com ciência militar aprendida no Facebook, ao analisar a guerra na Ucrânia — essa guerra que tantos preferem ver através de óculos embaçados pelo preconceito e pela propaganda. É tempo de encarar o óbvio: a hostilidade contra a Rússia, que Bandera tão eficazmente inoculou nas mentes que já receberam todas as vacinas da propaganda inventada pela NATO, agora surge mascarada de moral democrática.

Pois bem, Pokrovsk e Myrnohrad não são a verdadeira causa da derrota de Zelensky e do “poderoso” exército ucraniano herdado da União Soviética. São apenas consequências. Os factos, teimosos como sempre, falam por si:

— “Ao perder Bakhmut, a Ucrânia perdeu a guerra contra a Rússia. Militarmente falando, não há como negar. O exército ucraniano não consegue romper a linha defensiva russa, estendida por cerca de 2.000 km de frente e 30 km de profundidade, organizada em três linhas: a) zonas minadas; b) militares entrincheirados e bem armados; c) fortificações de betão armado, que dificultam movimentos apeados, de viaturas blindadas ou de tanques.
Tudo isso apoiado pelo poder de fogo da maior e melhor artilharia do mundo, sem falar do suporte aéreo e naval.

Prova disso: os 60 mil homens treinados no Ocidente para a tão prometida contra-ofensiva ucraniana não conseguiram sequer aproximar-se da primeira linha defensiva russa, apesar das elevadas baixas em homens e material de combate.

O resto é conversa fiada, destinada a entreter os que acompanham a guerra através da imprensa ou de porta-vozes pagos para vender tragédia e heroísmo falsos, em detrimento da Ucrânia e do seu povo.”

(Dito por mim nesta página, em 17/6/23.)

Portanto, a peça encenada com o propósito — declarado ou simulado — de destruir a economia russa, tendo a Ucrânia como palco e o comediante Zelensky como protagonista — o “servo do povo” transfigurado em senhor da tragédia — já não convence nem como farsa, nem como tragédia. O enredo fascista perdeu o brilho, a cenografia desmoronou, e os atores continuam a repetir falas gastas, como quem ensaia o mesmo drama num teatro vazio. A vacina da propaganda perdeu praticamente todo o efeito, e o público, enfadado, começa a abandonar a sala. Já ninguém suporta a repetição exaustiva da farsa.

O que hoje se vê e se ouve é um insulto claro à memória e à dignidade de um povo inteiro. De nada valem aplausos forçados ou lágrimas de crocodilo, derramadas em nome da “democracia”.

Condena-se a Rússia, transformando-a, com a mesma facilidade com que se muda de cenário ou se troca a verdade por um guião conveniente, de agredida secular em agressora.

Se a justiça interna não tiver força ou independência para julgar tais atos, a História o fará — como sempre fez. Já o fez com falsos libertadores e tiranos mascarados de patriotas, de Hitler a Bandera, e fará novamente com os aprendizes que hoje encenam o mesmo espetáculo de cinismo e sangue.

Um país transformado em campo de batalha de outrem — daqueles que acreditam que a Rússia deve esperar, paciente e imóvel, até que a Europa, unida na sua hipocrisia, consiga finalmente preparar-se para gastar, daqui a cinco anos, os tão alardeados 5% do PIB.




Autor: Adriano Pires

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