Marchamos juntos pela solidariedade internacionalista e pela esperança! Vivemos em uma época de crises globais, que exigem respostas globais e interconectadas. De norte a sul e de leste a oeste, em todo o mundo, as pessoas estão sentindo os efeitos do aumento da desigualdade, das catástrofes climáticas e da destruição da natureza.
O poder corporativo e a impunidade continuam, e o aumento dos protestos populares é recebido com repressão e militarismo. Estamos testemunhando múltiplas guerras e genocídios, apoiados pelo imperialismo, com as empresas transnacionais como principais beneficiárias. Somos nós que ouvimos o clamor e conhecemos a realidade dos territórios: do povo do campo, das águas, dos manguezais, dos mares, das florestas, dos trabalhadores das cidades, mulheres, juventudes e crianças. Não somos apenas vítimas, somos a força da mudança!
A crise que enfrentamos é resultado de um sistema que nos explora, ameaça, divide e mata. É o racismo ambiental que atinge primeiro e com mais força os corpos e territórios negros, indígenas e periféricos. É o patriarcado que oprime as mulheres e as diversidades sexuais. É este sistema econômico injusto que explora cada vez mais a classe trabalhadora e a natureza.
Na Cúpula dos Povos rumo à COP 30, construímos nossa crítica a esse modelo, mas também nossa agenda para a mudança. Nossa luta é por uma reforma agrária popular, pela agroecologia, pela restauração socio ecológica e pela soberania alimentar. É por cidades justas, em que moradia digna, transporte de qualidade, saneamento e energia sejam direitos, não mercadorias. É pela solidariedade com os povos – da Palestina ao Haiti, da Amazônia ao Sahel –, com as lutadoras/es sociais que resistem ao modelo extrativista e predatório do capital internacional. É por uma transição justa, popular e inclusiva, com trabalho digno e decente, onde a economia não seja para poucos, mas para todos os povos, defendemos o fim da exploração e utilização de combustíveis fósseis. Onde não haja opressão de nenhum tipo, guerras ou fome. Um mundo onde a vida esteja no centro, acima do lucro e da extração máxima da natureza e do trabalho para beneficiar grandes corporações e oligarcas. Exigimos reparações, o fim das dívidas coloniais, ecológicas e financeiras e que as empresas transnacionais e governos imperialistas sejam responsabilizados pelos crimes que cometem.
Sabemos que as soluções reais estão nas mãos daqueles que constroem resistência em seus territórios. É por isso que, em 15 de novembro de 2025, durante a COP30, iremos às ruas de Belém e de todo o mundo com nossas vozes e nossa agenda política. Mostraremos que a luta pelo clima é nossa luta diária pela terra, pela água, mangues, mares, florestas, pela vida e pela dignidade dos povos.
A partir de diferentes perspectivas e diferentes realidades geográficas e políticas, marchamos juntos pela mudança do sistema e pela justiça climática!
Junte-se à Marcha Global pelo Clima! Organize-se na sua cidade!
https://www.facebook.com/amyra.elkhalili/posts/pfbid026o3jiENhB6TimsoJtqvaJxsraVE8jo4cZqsqwfurJvoZQQuLbLMTcryznMCepkg5l