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“Salvem os cães… e denunciem aqueles que os transformam em instrumentos de tortura”
Editorial da União Palestina da América Latina - UPAL
Publicado em 28/11/2025 10:30
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Revelações recentes sobre as atrocidades cometidas em prisões israelenses contra prisioneiros palestinos abalaram mais uma vez a consciência humana. Não são apenas as práticas já conhecidas de tortura, assassinato, mutilação ou desaparecimentos forçados que vieram à tona. Hoje, detalhes ainda mais perturbadores emergiram: o uso de cães treinados para participar de agressões sexuais contra prisioneiros palestinos, uma prática que ultrapassa os limites da imaginação e confirma, mais uma vez, que estamos diante de um sistema que rompeu completamente com a humanidade.

Israel não apenas perpetra genocídio em Gaza e na Cisjordânia; também transformou suas prisões em laboratórios de brutalidade. No entanto, nesta necessária denúncia, um ponto essencial deve ser esclarecido: o cão não é o criminoso. O cão é mais uma vítima daqueles que o utilizam como instrumento de tortura. O verdadeiro crime reside no soldado, no guarda prisional e na estrutura militar e política que utiliza um animal — um ser incapaz de tomar decisões — para cometer atos que sequer podem ser descritos como “desumanos”, pois aqueles que os executam abandonaram qualquer vestígio de humanidade.

Até mesmo o cão que morde, ataca ou é forçado a atacar é — em sua essência — mais uma vítima de uma máquina de ocupação que degrada tudo o que toca.

A perversão de usar animais para agredir sexualmente seres humanos não só constitui um crime de guerra, um crime contra a humanidade e uma flagrante violação de todas as normas morais e legais internacionais, como também demonstra um nível de crueldade que exige condenação global.

Portanto, a União Palestina da América Latina (UPAL) faz um apelo urgente a:
Organizações de proteção animal,
Associações de direitos dos animais,
Ativistas, veterinários, socorristas e defensores de cães em todo o mundo, para denunciarem e condenarem a manipulação criminosa de cães pelo exército israelense. É inaceitável que esses animais sejam transformados em instrumentos de tortura, e que a imagem do cão — símbolo de lealdade e nobreza — não seja manchada por crimes que são de responsabilidade exclusiva daqueles que os treinam para esse fim.

Salvar os cães é, neste caso, salvar também a nossa própria humanidade.
Salvar os cães é reafirmar que a dignidade humana e a dignidade animal caminham juntas.
Salvar os cães é expor, mais uma vez, a profunda barbárie do sistema de ocupação.

A UPAL reitera seu firme e inabalável compromisso com os direitos humanos, a justiça e a defesa de todas as vítimas: os prisioneiros palestinos que sofrem essas atrocidades, mas também os animais transformados à força em extensões da crueldade militar.

União Palestina da América Latina (UPAL)


27 de novembro de 2025

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