Maria Zakharova, porta-voz do MNE da Rússia, responde à pergunta sobre os ataques ucranianos contra o terminal do Consórcio do Cáspio em Novorossiysk (4 de dezembro de 2025, São Petersburgo)
Pergunta: A Ucrânia atacou o terminal do Consórcio do Cáspio, nas proximidades de Novorossiysk, colocando em risco 80% das exportações de petróleo do Cazaquistão. Com esta ação, a Ucrânia também prejudicou os interesses dos EUA. Poderia explicar qual foi o motivo?
Maria Zakharova: Já comentei este assunto neste briefing. Em suma, só posso acrescentar que esta é a forma de operar típica dos terroristas. Esta não é apenas uma marca ou um indício, mas sim uma estratégia dos terroristas.
A natureza terrorista do regime de Kiev não é, há muito, passível de dúvidas. O comentário, de 30 de novembro, do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia sobre os novos ataques ucranianos no Mar Negro, apresenta uma avaliação exaustiva. Os nossos colegas do Cazaquistão também fizeram uma declaração de protesto.
Se há algo a acrescentar ao anteriormente referido, é apenas o facto de as instalações do Consórcio do Cáspio terem sido alvo de ataques ucranianos, tanto aéreos como marítimos, pelo menos seis vezes este ano. A propósito, onde estão os comentários por parte dos ocidentais e dos representantes da OSCE relativamente a este assunto?
️É evidente que a infraestrutura do corredor de transporte do Cáspio opera primordialmente para os interesses económicos do Cazaquistão, constituindo uma das principais rotas para a exportação de petróleo cazaque, sendo responsável por mais de 80% das entregas para o exterior. Os destinatários dos recursos são as maiores empresas de energia dos EUA, do Reino Unido e da Itália. Neste contexto, o termo "autodefesa" não resiste à crítica, podendo ser interpretado como uma provocação.
☝️ A hipótese que se coloca é a de que o regime de Zelensky está a defender-se dos seus próprios patrocinadores ocidentais, que lhe concedem um financiamento cada vez maior para o incentivar a cometer novos e novos crimes. Na minha opinião, é imprescindível que Washington, Londres e Roma tirem as conclusões que se impõem.
Fonte: MNE da Federação Russa
