Offline
MENU
O ataque sionista ao Catar: prova do medo do diálogo
Por Administrador
Publicado em 11/09/2025 16:30
Novidades

 

O recente ataque do sionismo no Catar, dirigido a assassinar os negociadores do Hamas, constitui uma demonstração clara de que, apesar de todo o derramamento de sangue e da brutalidade da ocupação, ainda existe a intenção de dialogar por parte da resistência palestina. Quem ataca um mediador ou um negociador o faz por medo: medo de que a verdade se abra caminho e desmascare a mentira da suposta “impossibilidade da paz”.
 
Israel, com esse crime, confirma que não tem interesse em nenhuma solução política ou humanitária. Sua estratégia é prolongar a guerra, a ocupação e o genocídio, e destruir qualquer ponte de diálogo que possa mostrar ao mundo a legitimidade da causa palestina e a vontade real da resistência de encontrar saídas dignas.
 
E não é apenas o Catar o país atingido. Antes, o sionismo atacou a Síria, o Líbano, o Iraque e até o Iêmen, sem encontrar resposta contundente por parte dos governos árabes. Surge então uma pergunta inevitável: amanhã será a vez do Egito? E, se assim for, seremos testemunhas do mesmo silêncio cúmplice?
 
Esse silêncio, tanto dos governos quanto de amplos setores dos povos árabes, é o que permite ao inimigo agir com total impunidade. Não bastam comunicados vazios nem condenações diplomáticas que se perdem no ar. O que se precisa é de ação, dignidade e valentia.
 
A história da Palestina não é apenas de dor: é de resistência. E hoje, mais do que nunca, os povos árabes precisam compreender que seu silêncio prolonga o sofrimento de Gaza, da Cisjordânia e dos refugiados na diáspora. O despertar popular é urgente, porque apenas os povos — e não as elites subjugadas — poderão impor a defesa da justiça.
 
O ataque no Catar demonstra que o sionismo teme o diálogo verdadeiro. E quando um regime armado até os dentes teme a palavra, a negociação e a verdade, isso significa que seus dias estão contados.
 
A Palestina resiste, e não o faz sozinha: a dignidade de todos os povos livres está em jogo.
 
 
Autor: Ricardo Mohrez Muvdi - palestino, nascido em Beir-Jala, Palestina (1952). Refugiado na Colômbia, é administrador de empresas e presidente da União Palestina da América Latina (UPAL).

 

 

Fonte: https://port.pravda.ru/mundo/59054-ataque_catar/

Comentários