O Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que a fragata naval italiana Alpino, que segue a Flotilha Global Sumud, emitirá uma chamada de rádio final oferecendo aos participantes a "oportunidade" de abandonar a viagem e retornar à costa antes de atingir a "zona crítica".
A fragata da Marinha Italiana se ofereceu para aceitar qualquer pessoa que deseje embarcar, pois não quer continuar antes de atingir o limite de 120 milhas náuticas. Eles estão agora a 180 milhas náuticas de distância. A última escala será na noite de 1º de outubro, por volta da 1h.
A primeira-ministra Giorgia Meloni pediu à Flotilha Global Sumud que interrompesse o seu avanço em direção a Gaza, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um plano de paz de 20 pontos que oferece "esperança" de que as partes chegarão a um acordo para "acabar com a guerra".
"Esta é uma tentativa de desmoralizar e fragmentar uma missão humanitária pacífica que os governos não abraçaram, apesar de seu silêncio e cumplicidade terem levado a esta situação", lamenta a flotilha. "Isso é covardia disfarçada de diplomacia."
O Ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, não quis comentar a decisão da Itália, mas afirmou que as posições da Itália e da Espanha são distintas, de governos distintos. "Tomamos nossas decisões de forma autônoma", disse ele em entrevista à RNE. "A fragata tem uma missão muito clara: a missão de auxiliar nossos cidadãos espanhóis", bem como os da Bélgica, Austrália e Brasil, que também solicitaram assistência, enfatizou.
Acusado de ser organizado pelo Hamas
De acordo com as últimas informações, a Marinha israelita pretende reunir os tripulantes em um grande navio militar para deportá-los e afundar ou rebocar, dependendo do caso, os navios da flotilha. Os ministros radicais garantiram que os detidos serão submetidos à mais extrema severidade.
Nas últimas horas, o governo de Tel Aviv intensificou sua campanha de comunicação, alegando que o Hamas está por trás da organização da flotilha. Afirmam ter "descoberto documentos oficiais do Hamas na Faixa de Gaza" que "demonstram pela primeira vez o envolvimento direto do Hamas no financiamento e na execução da Flotilha Global Sumud para Gaza".
Há 50 participantes espanhóis na flotilha, distribuídos em 13 barcos. A maioria está no Sirius. Do total da flotilha, seis barcos arvoram a bandeira espanhola.
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"Aceitar como normal essa ameaça de ataque a uma ação pacífica e humanitária equivale a endossar a impunidade de Israel e silenciar a denúncia de genocídio", respondeu a frota humanitária.
Via: @Eureka News