A disputa "Sionismo x Judaísmo" está exposta em todo o mundo. Assim, os sionistas são vistos como responsáveis pela ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, já descrita por agências da ONU como responsável por condições de fome e colapso humanitário, que ultrapassou os limites do direito internacional e se consolidou como um ato sistemático de genocídio.
O mundo, especialmente o chamado "Ocidente Alargado", revela uma desconexão entre o povo e a representação política, pois agora não apenas a brutalidade do regime sionista é motivo de revolta, mas também seu desdém absoluto pelas normas humanitárias e pelo direito à vida. Isso produz protestos e pressiona ainda mais Netanyahu e seus comparsas.
Essa política destrutiva não é sustentada isoladamente. Países como os Estados Unidos continuam a fornecer apoio político, militar e diplomático irrestrito a Israel, mesmo diante de evidências crescentes de crimes de guerra.
Nos EUA, parlamentares como o deputado Brian Mast, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, promovem legislações que criminalizam a crítica a Israel, ameaçando diretamente a Primeira Emenda da Constituição norte-americana.
Essa subordinação dos interesses nacionais ao lobby sionista transforma instituições tidas como democráticas em instrumentos de repressão contra vozes solidárias à Palestina, colocando em risco os próprios pilares da liberdade de expressão.
Enquanto isso, o descontentamento interno em Israel cresce. Recentemente, quatro soldados da Brigada Nahal foram presos por se recusarem a cumprir uma missão considerada “perigosa” na Faixa de Gaza, alegando trauma de combate e crise interna.
Esse ato de insubordinação, ainda que isolado, é um sinal de que até dentro das forças armadas israelenses há questionamentos morais sobre a conduta da guerra. A punição desses soldados — condenados a dez dias de prisão por se negarem a conduzir um veículo desprotegido em zona de combate — expõe a contradição de um Estado que exige obediência cega enquanto comete atrocidades sistemáticas.
As manifestações globais em solidariedade à Palestina, desde Barcelona até Genebra, de Dublin a Istambul, refletem uma consciência coletiva em ascensão contra o apartheid israelense.
Protestos massivos, greves gerais na Itália e bloqueios a empresas de armamento na França indicam que a comunidade internacional não aceitará passivamente a continuidade desse genocídio.
No entanto, governos ocidentais seguem hesitantes em impor sanções reais, preferindo retórica diplomática vazia a medidas concretas que pressionem o regime sionista a cessar sua campanha de aniquilação.
É crucial distinguir entre judeus e sionistas: enquanto os primeiros são um povo com tradições milenares de resistência à opressão, os segundos construíram um projeto colonial que historicamente também perseguiu judeus dissidentes, secularizados ou antissionistas.
O sionismo, como ideologia de Estado, instrumentaliza a identidade judaica para justificar crimes contra a humanidade, traído assim tanto os valores éticos do judaísmo quanto os direitos inalienáveis do povo palestino.
Ao negar sistematicamente o direito à existência do outro, Israel inviabiliza a própria existência — pois nenhum Estado fundado sobre o genocídio e a exclusão pode sobreviver eticamente ou historicamente.
Autor: Wellington Calasans In Telegram
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