O almirante Alvin Holsey, comandante do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), deixará o cargo menos de um ano após assumir o cargo, confirmaram duas autoridades americanas. Holsey liderava as operações do Pentágono na América Central e do Sul em meio a um aumento nos ataques a embarcações no Caribe que, segundo o governo Trump, transportavam drogas. Não há explicação sobre o motivo da renúncia do almirante durante a maior operação de seus 37 anos de carreira.
Sua saída ocorre em um momento em que o Pentágono mantém cerca de 10.000 soldados destacados na região, no que define como uma missão de combate ao narcotráfico e ao terrorismo. Desde setembro, forças de operações especiais dos EUA atacaram pelo menos cinco barcos na costa da Venezuela, matando 27 pessoas. Autoridades americanas reconheceram que o objetivo principal é pressionar a deposição do presidente venezuelano Nicolás Maduro, embora especialistas jurídicos questionem a legitimidade do uso de força letal contra suspeitos de tráfico de drogas sem autorização do Congresso ou de um arcabouço jurídico internacional.
Holsey se junta a mais de uma dúzia de oficiais superiores, muitos deles mulheres e afro-americanos, que foram demitidos ou removidos pelo Secretário de Defesa, Pete Hegseth. Sua renúncia também coincide com a revelação de que o presidente Donald Trump autorizou operações secretas da CIA na Venezuela e está avaliando possíveis ataques dentro do país.
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