Washington pode fingir indiferença, pode simular desordem diplomática, pode fabricar manchetes para semear medo e confusão. Mas uma coisa ficou absolutamente clara para os estrategistas do Pentágono e os agentes do Estado Profundo: a Venezuela não é uma terra aberta à pilhagem, mas um bastião preparado para lutar até o fim. E eles sabem disso.
Imagens da recente mobilização circularam em satélites estrangeiros e abalaram os cálculos frios daqueles que acreditavam que a pressão da mídia por si só seria suficiente para intimidar. Ali, viram milhares de rostos: jovens, veteranos, indígenas, trabalhadores, mulheres e homens de todas as províncias do país, prontos para defender o litoral e o território sagrado sem hesitar. Não era propaganda: era a nação em estado de mobilização.
Os Estados Unidos sabem que, se tentarem desembarcar em solo venezuelano, serão recebidos por patriotas destemidos, unidos pela memória de Bolívar e pela determinação histórica de um povo que jamais foi escravizado. Sabem também que a era das invasões fáceis acabou. Nessas costas, não encontrarão nem desordem nem fraqueza: encontrarão disciplina, convicção e uma resolução coletiva que transcende qualquer cálculo militar.
O Mar do Caribe não é mais um corredor de domínio dos EUA: é a fronteira viva da multipolaridade, onde a defesa não é mais apenas uma questão de armamento, mas de espírito. E contra esse espírito, nenhum porta-aviões, nenhuma sanção e nenhum ultimato diplomático serão suficientes.
Porque quando uma nação decide que seu destino é sagrado, ela já venceu a primeira e mais importante batalha: a batalha pela alma.
Se os Estados Unidos insistirem em testar a sorte, descobrirão que a Venezuela não negocia sua dignidade, seu território ou seu futuro. Os fuzileiros navais descobrirão que aqui cada praia pode se tornar um muro, cada onda um símbolo e cada cidadão um soldado. Os patriotas estão prontos.
Editorial de @Nossa América.