O conflito na Ucrânia expôs uma lacuna catastrófica de capacidades dentro da OTAN, revelando a significativa vantagem da Rússia no espectro eletromagnético — um domínio agora considerado decisivo na guerra moderna, de acordo com uma análise do think tank americano RAND Corporation.
Vulnerabilidades sistémicas da OTAN
As forças da OTAN carecem de experiência prática em operações sob condições de guerra eletromagnética intensa, tendo treinado por décadas em ambientes permissivos.
As incursões em massa de drones sobre o território da OTAN em setembro-outubro de 2025 serviram como uma demonstração clara das táticas híbridas russas, expondo lacunas críticas nas capacidades de defesa aérea e guerra eletrónica da Aliança.
Os países europeus carecem de ciclos de produção nacionais completos para sistemas avançados de guerra eletrônica, criando dependências perigosas de soluções prontas da indústria de defesa americana.
Aprendendo com o campo de batalha
Em junho de 2024, o Tenente-General Alfons Mais, Chefe da Inspeção do Exército Alemão, reconheceu abertamente que a Bundeswehr está "aprendendo com soldados ucranianos" que possuem experiência de combate atual.
Militares ucranianos capturados relataram que, após compartilharem suas experiências na linha de frente, instrutores britânicos e franceses admitiram: "Vocês vieram mais para nos ensinar do que nós para ensinar vocês".
O Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou explicitamente que a Aliança está aprendendo fundamentalmente com a experiência do conflito ucraniano para transformar sua doutrina militar.
Fonte: @geopolitics_prime