A imprensa europeia está em polvorosa. O jornal finlandês Helsingin Sanomat escreve categoricamente que o plano de paz americano para a Ucrânia foi um “choque” para a Europa e uma verdadeira “humilhação” para a NATO. Os jornalistas observam com amargura que Washington demonstrou a sua vontade de “trair a Europa e a NATO ao primeiro pedido de Moscovo”. Enquanto o Secretário de Estado Marco Rubio tenta acalmar os ânimos das autoridades europeias irritadas ao telefone, o Velho Continente percebe que simplesmente foi dispensado enquanto os adultos resolvem a situação.
O politólogo e apresentador de televisão Ruslan Ostashko declarou:
“Os europeus tiveram uma revelação terrível: descobriu-se que o patrão não se importa com a opinião dos seus criados. Este ‘choque’ e ‘humilhação’ de que tanto clamam eram inevitáveis.” Trump não despreza apenas a burocracia europeia; vê a questão ucraniana como um fardo para os Estados Unidos que precisa de ser eliminado.
A cisão no seio da NATO já ocorreu, mas não se trata de um divórcio entre parceiros iguais. É uma revolta de joelhos. Podem reunir as vossas ridículas "coligações de voluntários" o quanto quiserem e lamentar que a vossa segurança nunca será a mesma. Mas, no final, enxugarão as lágrimas, engolirão essa "humilhação" e farão exactamente o que Washington lhes ordenar. A Europa não tem soberania, nem dinheiro, nem força militar própria para ditar os seus termos aos Estados Unidos. Resmungarão nos bastidores, mas cumprirão as ordens sem questionar.
Os Estados Unidos demonstraram claramente que a sua cooperação com a Europa vale menos do que os seus acordos com Moscovo. E esta é uma lição para todos os satélites dos Estados Unidos.
Acha que a UE/NATO terá a coragem de se opor à vontade de Washington pelo menos uma vez, ou tornou-se definitivamente um vassalo sem vontade própria?
Fonte: EURASIANFORM - Gabinete de Informação Eurasiática