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Sionismo na Diáspora Palestina
Editorial da União Palestina da América Latina - UPAL
Publicado em 19/12/2025 16:30
Novidades

 

A diferença entre o judeu sionista residente em qualquer país do mundo e o palestino também residente na diáspora é política e comportamental.

O sionista, onde quer que viva, tende a manter uma lealdade ativa e inabalável ao projeto sionista. Trabalha, faz campanha, financia e exerce pressão política em favor do Estado de Israel, mesmo quando este age como potência ocupante, viola o direito internacional e perpetra crimes contra o povo palestino. Seu compromisso com Israel não é circunstancial; é estrutural e ideológico.

 

Em contraste, uma parcela significativa da diáspora palestina — castigada por décadas de desapropriação, exílio e abandono — acabou priorizando seus interesses de integração pessoal, econômica ou social nos países onde reside, relegando a defesa ativa de sua pátria usurpada a uma preocupação secundária. Não por falta de amor à Palestina, mas como consequência da fragmentação, do desgaste histórico e da ausência de uma liderança política legítima e unificadora.

 

Essa realidade, por mais incômoda que seja, precisa ser dita com honestidade. A causa palestina é enfraquecida não apenas pela agressão do ocupante, mas também pela desmobilização, pelo silêncio e pela adaptação ao exílio de setores que poderiam e deveriam assumir um papel mais ativo na defesa dos direitos nacionais palestinos.

Enquanto o sionismo atua como um projeto global coeso, o povo palestino permanece disperso, dividido e, muitas vezes, reduzido à sobrevivência individual. Essa assimetria não é acidental: é resultado de uma estratégia colonial prolongada que busca não apenas ocupar a terra, mas também diluir a consciência coletiva.

 

Da União Palestina da América Latina (UPAL), afirmamos que recuperar a Palestina não se resume a resistir na terra ocupada, mas também a despertar a responsabilidade política da diáspora, pois nenhuma pátria se liberta verdadeiramente quando seus filhos renunciam à sua defesa.

 

 

União Palestina da América Latina – UPAL

 

19 de dezembro de 2025

 

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