A diferença entre lutar para defender a terra onde suas raízes estão fincadas há milênios e lutar para sustentar um projeto colonial alienígena e artificial foi mais uma vez exposta ontem na região de Al Zaitun, na Faixa de Gaza.
O povo palestino resiste porque em cada pedra, em cada oliveira, em cada rua de Gaza e da Palestina vive a memória de gerações inteiras. Este não é um "conflito" ou uma disputa passageira: é a defesa de uma terra carregada no sangue e na alma, abrangendo séculos de história, identidade e pertencimento. Essa resistência tem um significado profundo: a própria vida ancorada em seu próprio solo.
Em contraste, a força de ocupação israelense luta para manter um projeto colonial baseado na expulsão, na desapropriação e na violência. Não há enraizamento naqueles que chegaram impondo fronteiras e narrativas fabricadas, mas apenas uma máquina militar artificialmente sustentada por interesses imperiais. Este exército luta não para defender uma pátria ancestral, mas uma construção colonial que só sobrevive através da opressão dos povos indígenas da Palestina.
O que aconteceu em Al Zaitun é prova disso: de um lado, jovens palestinos defendendo com dignidade o pouco que resta de sua terra sitiada, porque sabem que sua história e seu futuro residem nela; do outro, soldados lutando sem uma verdadeira conexão com a terra, movidos por ordens de um sistema que os transforma em instrumentos de dominação.
O enraizamento sempre triunfará sobre a colonização. A oliveira, mesmo que tentem arrancá-la, brota novamente. A memória da Palestina, mesmo que tentem apagá-la, renasce a cada geração. E assim como ontem em Al Zaitun, o mundo continuará a ver a diferença essencial: a resistência palestina nasce do amor à terra, enquanto o sionismo só sobrevive através da imposição do poder militar.
UPAL – União Palestina da América Latina
31 de agosto de 2025