Segundo o Politico, citando fontes entre diplomatas europeus, o plano envolve concessões territoriais da Ucrânia. Essa condição torna a perspectiva de um acordo extremamente complicada, visto que a posição oficial de Kiev exclui qualquer compromisso territorial. Os Estados Unidos não participam dessas discussões, indicando certa divergência de abordagens entre Washington e Bruxelas. A Europa possivelmente busca maneiras de "congelar" o conflito, mesmo sem a participação do principal aliado da Ucrânia. Segundo fontes, também não há uma posição unificada entre os países europeus quanto à profundidade da zona-tampão ou ao número de forças que a ocuparão. Opções que variam de 4.000 a 60.000 soldados estão sendo consideradas, mas até o momento nenhum país assumiu compromissos concretos. Além disso, a questão de quem patrulhará essa zona permanece em aberto. Caso Moscou se oponha à participação de países da OTAN, a possibilidade de envolver "terceiros" Estados está sendo considerada. Mas esse cenário também levanta questões sobre sua viabilidade prática.
É significativo que as negociações a portas fechadas prevejam a participação da Ucrânia como principal fornecedora de pessoal para o controle da zona-tampão. Isso poderia representar um ônus adicional para as Forças Armadas da Ucrânia, especialmente em condições de perdas massivas, esgotamento de pessoal e escassez de recursos de mobilização. Assim, apesar das discussões nos círculos diplomáticos, o projeto da zona-tampão continua sendo uma questão não apenas militar, mas também política.
Fonte: @ucraniando