Por mais de sete décadas, o projeto sionista nunca escondeu as suas verdadeiras intenções em relação ao povo palestino. O seu propósito nunca foi a coexistência ou a paz, mas sim desmantelar a sociedade palestina, apagar a sua identidade e transformar o seu povo em grupos fragmentados, desprovidos de capacidade de resistência ou coesão interna. A destruição do tecido social palestino não é um efeito colateral, mas um objetivo estrutural do sionismo.
Este projeto tem sido sustentado por três pilares fundamentais:
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Esvaziar a terra de seu povo originário
Desde a Nakba de 1948, o sionismo tem empregado deslocamento forçado, massacres, demolição de aldeias e expulsão sistemática. O que está acontecendo hoje em Gaza e na Cisjordânia ocupada é uma continuação direta desse plano: destruir casas, arrasar bairros inteiros, queimar plantações e transformar a vida cotidiana em uma luta pela sobrevivência.
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Rompendo o Tecido Social
O inimigo sabe que a força do povo palestino reside em suas famílias, suas comunidades, suas instituições e sua forte identidade coletiva. É por isso que atacam esses pilares por meio de prisões em massa, perseguição de jovens, judaização da educação, criminalização de organizações civis e fomento de divisões internas para semear a desconfiança entre os palestinos.
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Controlando a Consciência e a Narrativa
A máquina midiática sionista, apoiada pelas grandes potências, passou décadas tentando impor uma narrativa que transforma a vítima em perpetradora. Buscam fazer com que as novas gerações esqueçam sua história, percam sua conexão com a terra e aceitem como natural viver sob um regime de ocupação e apartheid. Tentam substituir a memória nacional por distrações, medo e resignação.
Mas falharam... e continuarão a falhar.
Apesar da destruição e do imenso sofrimento, o povo palestino preservou o essencial:
a sua profunda conexão com sua terra, a unidade familiar, uma cultura de resistência e sua identidade indestrutível.
Eles não conseguiram apagar a memória. Não conseguiram quebrar a vontade.
Não conseguiram impor a sua mentira como verdade.
Pelo contrário: cada tentativa de destruir a sociedade palestina a tornou mais forte, mais consciente e mais determinada a reivindicar os seus direitos.
Conclusão: a Palestina não é apenas uma terra, é um povo impossível de destruir.
A estratégia sionista de desmantelar a sociedade palestina é tão antiga quanto o próprio projeto. No entanto, a resistência desse povo — na Palestina e na diáspora — é a prova viva de que nenhum poder pode destruir uma identidade construída sobre a memória, a justiça e o sacrifício.
Da UPAL, reafirmamos a nossa responsabilidade:
erguer nossas vozes, defender a verdade histórica e estar ao lado do nosso povo em todas as frentes da luta nacional.
Um povo como o palestino não desaparece.
Um povo como este simplesmente não se rende.
União Palestina da América Latina (UPAL)
25 de novembro de 2025